segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Marte: O planeta vermelho



O planeta seguinte, externo à órbita da terra, é Marte, que certamente foi identificado como deus da guerra romano (o grego Ares) por causa da sua cor avermelhada. Quando não se encontra diretamente na proximidade do Sol. Marte, por sua claridade bastante grande e por sua cor vermelha, é fácil de identificar  Especialmente nas épocas de 'oposição', quando o planeta se encontra exatamente oposto ao Sol. Ele fica especialmente perto de nós e, portanto, muito claro. 
Marte sempre deu asas à fantasia das pessoas. Especialmente os canais de Marte despertaram a atenção. No final do século XIX, o astrônomo italiano Giovanni Virgínio Schiaparelli (1835-1910) empreendeu o reconhecimento da superfície de Marte. Através  de sua luneta, Marte lhe apareceu recoberto de uma rede de linhas mais escuras, que ele denominou canali, portanto, canais de irrigação naturais. Essa observação é devida a pequena definição de seu telescópio e à ação desfocante  da atmosfera terrestre, pois, o olho tente, nesses casos, a ligar áreas escuras por meio de linhas. Além disso, nas traduções  dos relatórios de Schiaparelli, os canais naturais se tornaram artificiais, o que levou a loucas especulações sobre a luta dos presumíveis habitantes de Marte contra a seca. Hoje sabemos que na superfície de Marte não existe nenhuma água líquida. De qualquer modo, em época mais recente, foram pesquisados as regiões polares de Marte, pois, em crateras profundas e também no solo de Marte podia ser encontrado gelo. Apesar disso, até agora não foi possível encontrar vida em nosso planeta vizinho.
Marte é substancialmente menor que a Terra. Ele tem apenas cerca de um décimo  da massa terrestre  e apenas mais ou menos metade de seu diâmetro. A órbita de Marte também se afasta de modo relativamente considerável da forma circular pelas irregularidades do movimento de Marte, que derivam dessa órbita elíptica. São, portanto, bastante bem marcadas. Por isso uma boa descrição da órbita de Marte se apresenta, desde a antiguidade, num grande problema. Por outro lado, a elipticidade relativamente grande da órbita facilita a descoberta das leis do movimento planetário por Johannes Kepler. Para completar uma órbita, Marte necessita de cerca de 1,9 anos terrestres. Um dia de Marte também é apenas ligeiramente mais longo que um dia na Terra, ou seja, 24 horas e 37 minutos. 
A atmosfera de Marte é muito rarefeita e tem mais ou menos a mesma formação que a de Vênus. De qualquer modo, a densidade é tão pequena que o efeito estufa não desempenha  qualquer papel de importância. Ainda assim, tênue envoltório de gás do planeta vermelho podem se formar fortes tempestades de areia , que em parte recobrem grandes áreas da superfície de Marte durante semanas. A temperatura da superfície oscila entre -140°C e +20°C.
Nas últimas décadas, o planeta vermelho tem sido visitado por inúmeras sondas espacias, algumas das quais pousam sobre o planeta e enviam imagens de sua paisagem rochosa e poeirenta para a Terra. Algumas sondas têm veículos robotizados na bagagem para pesquisar os maiores areais da superfície de Marte. De modo semelhante à terra, Marte conhece as estações do ano, que se fazem notar principalmente pela modificação das calotas polares de gases congelados. Elas surgem, de modo semelhante ao da Terra, por causa da inclinação do eixo de rotação em relação ao plano da órbita, que importa em 25°. 
No verão marciano, no hemisfério norte, o eixo fica tão inclinado que o polo norte marciano aporta para o Sol e assim os gases congelados se convertem em vapor ao redor do polo e a calota polar encolhe. Ao mesmo tempo, a região polar sul está oculta do Sol, de modo que ali se pode construir uma calota polar. Meio ano marciano mais tarde, predominam as condições opostas.

Fobos e Deimos
No ano de 1877, o astrônomo norte-americano Asaph Hall (1829-1907) descobre as duas pequenas luas de Marte, Fobos (do grego,"medo") e Deimos (do grego,"terror"). Ambas as luas têm fora irregular e são muito pequenas, com diâmetros de 22 quilômetros (Fobos) e 13 quilômetros (Deimos). Provavelmente se trata de planetoides cuja órbita foi perturbada por Júpiter e que finalmente foram capturados por Marte. Fobos está tão próximo a Marte que lhe dá a volta mais rápido que a rotação do planeta, ou seja, a cada dia marciano Fobos se levanta e se põe duas vezes.

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